Anatel investiga alertas falsos de terremoto enviados pelo Google

A empresa enviou um alerta falso que alcançou celulares com o sistema operacional Android em São Paulo, Rio de Janeiro e até Minas Gerais. Brasileiros de três estados acordaram de madrugada com um alarme de terremoto Brasileiros de três estados acordaram na madrugada desta sexta-feira (14) com um alarme de terremoto. Duas da manhã em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Nada diferente aparece nas câmeras. Mas foi neste momento que o alerta começou a ser disparado. Terremoto de magnitude 4,8. Seguido de outro alerta com um tremor de terra ainda mais intenso: 5,5. O epicentro, de acordo com o comunicado, ficava em alto-mar. O alerta enviado pelo Google alcançou celulares com o sistema operacional Android - que pertence ao Google - em São Paulo, Rio de Janeiro e até Minas Gerais. "Assustador. O alerta chegou de madrugada. A gente tomou um susto, o pessoal ficou meio agitado", diz o assistente social Carlos Adriano Ferreira Alves. A mensagem trazia orientações de segurança, como verificar o gás e evitar construções danificadas. "Muito estranho, assustador. A gente não tem no nosso país esse fenômeno. Então, assusta", diz o vendedor Leonardo de Faria Teixeira. Entenda como funciona o sistema do Google que emitiu falso alerta de terremoto em Ubatuba Mas logo a Defesa Civil de São Paulo descartou qualquer possibilidade de tremor. "Nós não tivemos nenhum registro tanto no sistema estadual quanto no sistema nacional de movimentação de solo. Então, o Centro de Sismologia da USP não detectou nada. E nós temos sensores espalhados aqui no estado que detectam. Então, esse alerta foi fora do canal oficial de comunicação de riscos e desastres aqui do estado de São Paulo”, afirma o coronel Henguel Pereira, coordenador da Defesa Civil/ SP. Ao meio-dia, dez horas depois de enviar as mensagens, o Google divulgou uma nota em que diz que: "o sistema Android de alertas de terremoto é um sistema complementar" e que “ele não foi desenhado para substituir nenhum outro sistema de alerta oficial”. A nota pede desculpas aos usuários pelo inconveniente e reafirma o compromisso de aprimorar as ferramentas. No site, a empresa explica que todos os smartphones têm mini acelerômetros, dispositivos que podem sentir vibrações, indicando um possível tremor. Anatel investiga alertas falsos de terremoto enviados pelo Google Jornal Nacional/ Reprodução Ao contrário dos comunicados oficiais, que seguem uma regulamentação e são enviados por órgãos governamentais, a mensagem disparada nesta madrugada foi de forma automática, baseada em vários celulares vibrando em um determinado local. A Agência Nacional de Telecomunicações afirmou que vai investigar o caso. "De fato, o Google não é uma empresa de telecomunicações, mas é um usuário das redes de telecomunicações. E, pela lei geral de telecomunicações, os usuários têm o dever de utilizar as redes de forma adequada. E, certamente, utilizar as redes de telecomunicações para espalhar uma mentira e gerar pânico na população não parece ser nada adequado. É fundamental que o cidadão acompanhe os alertas oficiais da Defesa Civil, que são os órgãos dos estados, municípios e da União responsáveis por esse tipo de alerta", afirma Carlos Caigorri, presidente da Anatel. LEIA TAMBÉM Anatel vai investigar envio de alarme falso de terremoto para dispositivos Android Entenda como funciona o sistema do Google que emitiu falso alerta de terremoto em Ubatuba

Anatel investiga alertas falsos de terremoto enviados pelo Google

A empresa enviou um alerta falso que alcançou celulares com o sistema operacional Android em São Paulo, Rio de Janeiro e até Minas Gerais. Brasileiros de três estados acordaram de madrugada com um alarme de terremoto Brasileiros de três estados acordaram na madrugada desta sexta-feira (14) com um alarme de terremoto. Duas da manhã em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Nada diferente aparece nas câmeras. Mas foi neste momento que o alerta começou a ser disparado. Terremoto de magnitude 4,8. Seguido de outro alerta com um tremor de terra ainda mais intenso: 5,5. O epicentro, de acordo com o comunicado, ficava em alto-mar. O alerta enviado pelo Google alcançou celulares com o sistema operacional Android - que pertence ao Google - em São Paulo, Rio de Janeiro e até Minas Gerais. "Assustador. O alerta chegou de madrugada. A gente tomou um susto, o pessoal ficou meio agitado", diz o assistente social Carlos Adriano Ferreira Alves. A mensagem trazia orientações de segurança, como verificar o gás e evitar construções danificadas. "Muito estranho, assustador. A gente não tem no nosso país esse fenômeno. Então, assusta", diz o vendedor Leonardo de Faria Teixeira. Entenda como funciona o sistema do Google que emitiu falso alerta de terremoto em Ubatuba Mas logo a Defesa Civil de São Paulo descartou qualquer possibilidade de tremor. "Nós não tivemos nenhum registro tanto no sistema estadual quanto no sistema nacional de movimentação de solo. Então, o Centro de Sismologia da USP não detectou nada. E nós temos sensores espalhados aqui no estado que detectam. Então, esse alerta foi fora do canal oficial de comunicação de riscos e desastres aqui do estado de São Paulo”, afirma o coronel Henguel Pereira, coordenador da Defesa Civil/ SP. Ao meio-dia, dez horas depois de enviar as mensagens, o Google divulgou uma nota em que diz que: "o sistema Android de alertas de terremoto é um sistema complementar" e que “ele não foi desenhado para substituir nenhum outro sistema de alerta oficial”. A nota pede desculpas aos usuários pelo inconveniente e reafirma o compromisso de aprimorar as ferramentas. No site, a empresa explica que todos os smartphones têm mini acelerômetros, dispositivos que podem sentir vibrações, indicando um possível tremor. Anatel investiga alertas falsos de terremoto enviados pelo Google Jornal Nacional/ Reprodução Ao contrário dos comunicados oficiais, que seguem uma regulamentação e são enviados por órgãos governamentais, a mensagem disparada nesta madrugada foi de forma automática, baseada em vários celulares vibrando em um determinado local. A Agência Nacional de Telecomunicações afirmou que vai investigar o caso. "De fato, o Google não é uma empresa de telecomunicações, mas é um usuário das redes de telecomunicações. E, pela lei geral de telecomunicações, os usuários têm o dever de utilizar as redes de forma adequada. E, certamente, utilizar as redes de telecomunicações para espalhar uma mentira e gerar pânico na população não parece ser nada adequado. É fundamental que o cidadão acompanhe os alertas oficiais da Defesa Civil, que são os órgãos dos estados, municípios e da União responsáveis por esse tipo de alerta", afirma Carlos Caigorri, presidente da Anatel. LEIA TAMBÉM Anatel vai investigar envio de alarme falso de terremoto para dispositivos Android Entenda como funciona o sistema do Google que emitiu falso alerta de terremoto em Ubatuba